domingo, 15 de agosto de 2010

Irmãos Difíceis

"Problema a considerar, os irmãos difíceis.

Em muitas ocasiões, no limiar da iniciação espírita, renteamos com eles, como que a experimentar-nos a fé renovadora. Patenteiam-se por indiscutíveis remanescentes de nossas existências do pretérito, figurando-se meirinhos da Justiça Eterna, a pedir-nos contas de atos mínimos.

Seria justificável frustrar impulsos edificantes ou secar a fonte do trabalho espiritual que se nos indica à regeneração e ao progresso, tão somente porque não se nos fazem agradáveis, de imediato, ao modo de ser? Recomendável desertar da lição porque se revele intrincada e obscura?

Não te dês à fuga, quando esse desafio reponte da estrada.

Recorda os irmãos difíceis em tuas preces diárias, figura-lhes mentalmente a imagem, qual se estivessem diante de ti e roga ao Senhor os envolva em Sua Bênção.

Dirige-lhes a tua silenciosa mensagem de simpatia e, sempre que surja o ensejo devido, auxilia-os em tudo aquilo que lhes possa ser útil.

Em geral, somos também menos simpáticos para todos aqueles que situamos nessa posição.

Se há quem nos contrarie, instintivamente, contrariamos também a muitos companheiros, às vezes, sem perceber.

Se aqueles que ainda não se afinam conosco denotam erros aos nossos olhos, os erros que carregamos se destacam aos olhos deles.

Amor e paciência, tolerância e amparo fraterno são os recursos adequados para os embaraços desse jaez

Se algum irmão difícil se te constitui provação no caminho, esteja onde estiver, põe especial atenção no serviço que lhe possas prestar. Extingue o foco da antipatia com o anti-séptico da oração e do entendimento, da paz e da colaboração desinteressada.

Aversões que surgem são crueldades mentais do passado que reaparecem. Toda crueldade mental é doença do espírito e toda doença pede cura."

Emmanuel
(Do livro "No portal da Luz", de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito de Emmanuel)



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Jubileu de Prata da CERP

 "O Centro Espírita, dentro da maior simplicidade possível, tem o papel primordial de levar a público o Evangelho de Jesus"   
Chico Xavier


No próximo dia 22 a Casa Espírita Recanto de Paz, em Votuporanga (SP), estará comemorando o seu Jubileu de Prata. São 25 anos orientando, consolando e assistindo em nome de Jesus.

Pela Casa passaram e ainda passam inúmeros irmãos buscando assistência para suas necessidades  espirituais ou materiais. Estas últimas são atendidas dentro das possibilidades financeiras do centro.

Entre as atividades rotineiras da Casa destaco a distribuição de sopa e as palestras públicas.


Distribuição de sopa

A distribuição de sopa nas comunidades tornou a Casa Espírita conhecido como Casa da Sopa. Este é um trabalho realizado pelos voluntários que, ao longo da semana, recolhem as doações nos supermercados e aos sábados se reunem para elaborarem e distribuirem a sopa. A distribuição ocorre nas comunidades: na favela São Cosme e Damião, na sede da Pastoral da Criança (Bairro Jardim Palmeiras I), no conjunto próximo ao CCI (Bairro São  João) e no conjunto habitacional Sonho Meu.

Nessa ocasião, os trabalhadores voluntários têm oportunidade de estarem juntos com as pessoas, conversando, trocando idéias, ouvindo suas necessidades e levando o Evangelho de Jesus.


Distribuição de sopa na sede da Pastoral da Criança, Bairro Jardim das Palmeiras I
 
Distribuição de sopa no conjunto próximo ao CCI


Entrega de presentes e cestas - Natal/2009

Palestras públicas

Todas as quartas-feiras e domingos acontecem as palestras públicas, com palestrantes convidados ou de próprios membros da Casa. As palestras são encerradas com a distribuição de passes.


Esta é a minha humilde homenagem à equipe de trabalhadores da CERP, que ao longo desses 25 anos não esmoreceram na missão de divulgar a Doutrina Espírita, que é o Evangelho redivivo de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Que Deus os abençoe!


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Poder da Oração

"Invoca-me nos dias de tribulação, e eu te livrarei e me darás glória" (Sl 49,15)


Não é raro passarmos por momentos difíceis ao longo de nossa vida. Existem situações em que julgamos não suportar o sofrimento que nos invade e que parece não ter fim. A doença de um ente querido, a saudade de alguém que está longe, o desemprego, ou mesmo uma dor física que sentimos, enfim, são tantas situações a que estamos sujeitos e nas quais, muitas vezes, nos sentimos sem força para reagirmos. Nesses momentos a prece é uma grande companheira. É como se, através dela, pudéssemos dividir o peso que carregamos com um amigo que nos ajudará a levar o fardo. Paulo assim escreveu na Carta a S. Tiago: Alguém entre vós está triste? Reze! Está alegre? Cante. (Tg 5,13)

Os menos crédulos até podem dizer que a oração tem apenas efeito psicológico, mas sabemos que não é assim. Jesus, quando esteve entre nós, disse: Pedi e se vos dará. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem.(Mt 7,7-12).  No sofrimento é o momento ideal para nos dirigirmos ao Pai, principalmente porque estaremos mais aberto a refletirmos sobre o nosso comportamento e, como filho pródigo que a casa retorna, saberemos o que realmente tem valor em nossa vida.

No momento de sofrimento devemos ser humildes, pedindo ajuda ao Pai celeste e aceitando de coração o seu Evangelho ou sermos orgulhosos, continuar nos sentindo sozinhos e deixar  Jesus à espera de nosso pedido, de nossa prece. Ele mesmo declarou: Vinde a mim, vós todos  que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, que eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e o meu peso é leve. (Mt 11, 28-30) 

Na resposta à questão 659, O Livro dos Espíritos  nos esclarece que “a prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir, agradecer.”

A prece é abordada no Capítulo II - Lei de Adoração, de O Livro dos Espíritos (1), do qual retirei as questões:

660. A prece torna melhor o homem?
"Sim, porquanto aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.”

a) - Como é que certas pessoas, que oram muito, são, não obstante, de mau caráter, ciosas, invejosas, impertinentes, carentes de benevolência e de indulgência e até, algumas vezes, viciosas?


“O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca, porém, um estudo de si mesmas. A ineficácia, em tais casos, não é do remédio, sim da maneira por que o aplicam.”

661. Poderemos utilmente pedir a Deus que perdoe as nossas faltas?
“Deus sabe discernir o bem do mal; a prece não esconde as faltas. Aquele que a Deus pede perdão de suas faltas só o obtém mudando de proceder. As boas ações são a melhor prece, por isso que os atos valem mais que as palavras.”
662. Pode-se, com utilidade, orar por outrem?
“O Espírito de quem ora atua pela sua vontade de praticar o bem. Atrai a si, mediante a prece, os bons Espíritos e estes se associam ao bem que deseje fazer.”
O pensamento e a vontade representam em nós um poder de ação que alcança muito além dos limites da nossa esfera corporal. A prece que façamos por outrem é um ato dessa vontade. Se for ardente e sincera, pode chamar, em auxílio daquele por quem oramos, os bons Espíritos, que lhe virão sugerir bons pensamentos e dar a força de que necessitem seu corpo e sua alma. Mas, ainda aqui, a prece do coração é tudo, a dos lábios nada vale.
663. Podem as preces, que por nós mesmos fizermos, mudar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso?
“As vossas provas estão nas mãos de Deus e algumas há que têm de ser suportadas até ao fim; mas, Deus sempre leva em conta a resignação. A prece traz para junto de vós os bons Espíritos e, dando-vos estes a força de suportá-las corajosamente, menos rudes elas vos parecem. Hemos dito que a prece nunca é inútil, quando bem feita, porque fortalece aquele que ora, o que já constitui grande resultado. Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará, bem o sabes. Demais, não é possível que Deus mude a ordem da Natureza ao sabor de cada um, porquanto o que, do vosso ponto de vista mesquinho e do da vossa vida efêmera, vos parece um grande mal é quase sempre um grande bem na ordem geral do Universo. Além disso, de quantos males não se constitui o homem o próprio autor, pela sua imprevidência ou pelas suas faltas? Ele é punido naquilo em que pecou. Todavia, as súplicas justas são atendidas mais vezes do que supondes. Julgais, de ordinário, que Deus não vos ouviu, porque não fez a vosso favor um milagre, enquanto que vos assiste por meios tão naturais que vos parecem obra do acaso ou da força das coisas. Muitas vezes também, as mais das vezes mesmo, ele vos sugere a idéia que vos fará sair da dificuldade pelo vosso próprio esforço.”
Que Deus nos abençoe!

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. 91 ed. Rio de Janeiro: FEB, 2008, p. 358-360

sábado, 7 de agosto de 2010

Pai

Ao se aproximar o Dia dos Pais, quero fazer uma homenagem ao meu Pai terreno.


Pai, agradeço-lhe pelas sementes de trabalho e honestidade que em meu caráter plantou. Sempre nos mostrou o valor da família, não abandonando os seus pais velhinhos, dando-lhes abrigo e assistência, mesmo que isso lhe custasse algumas horas a mais de trabalho.

Hoje, mais do nunca, sei o quanto era difícil se manter equilibrado diante de tantos problemas visíveis e invisíveis. E peço-lhe perdão pela minha falta de compreensão e aceitação. Agora consigo ver tudo com clareza, o que não era possível na minha juventude.

Muitos anos se passaram desde a nossa separação. A saudade é grande e o que me conforta é a certeza de que no futuro estaremos juntos no plano espiritual. Sei que de vez em quando me visita e que, de alguma forma, me auxilia. Eu já tive provas disso.

Não é necessário lhe dizer que não se preocupe com sua família terrena, que já superamos momentos difíceis, pois com certeza você tem conhecimento disso. Mas assim mesmo eu lhe digo: Fique em paz! E, se tiver oportunidade, peça aos mensageiros da Luz, por nós seus filhos, que eles sempre estejam nos inspirando a manter a fé em Jesus e a seguir seus ensinamentos.

Que Deus nos abençoe!

Imagem: Internet

domingo, 1 de agosto de 2010

"Calma"


"Se você está no ponto de estourar mentalmente, silencie alguns instantes para pensar.

Se o motivo é moléstia no próprio corpo, a intranquilidade traz o pior.

Se a razão é enfermidade em pessoa querida, o seu desajuste é fator agravante.

Se você sofreu prejuízos materiais, a reclamação é bomba atrasada, lançando caso novo.

Se perdeu alguma afeição, a queixa tornará você uma pessoa menos simpática, junto de outros amigos.

Se deixou alguma oportunidade valiosa para trás, a inquietação é desperdício de tempo.

Se contrariedades aparecem, o ato de esbravejar afastará de você o concurso espontâneo.

Se você praticou um erro, o desespero é porta aberta a faltas maiores.

Se você atingiu o que desejava, a impaciência fará mais larga distância entre você e o objetivo a alcançar.

Seja qual for a dificuldade, conserve a calma, trabalhando, porque, em todo problema, a serenidade é o teto da alma, pedindo o serviço por solução."

                                                                                                     André Luiz


Mensagem extraída do Livro "Ideal Espírita", psicografia de Francisco Cândido Xavier