segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Na Oração

“Senhor, ensina-nos a orar... — (LUCAS, capítulo 11, versículo 1.)

   A prece, nos círculos do Cristianismo, caracteriza-se por gradação infinita em suas manifestações, porque existem crentes de todos os matizes nos vários cursos da fé.
   Os seguidores inquietos reclamam a realização de propósitos inconstantes.
   Os egoístas exigem a solução de caprichos inferiores.
   Os ignorantes do bem chegam a rogar o mal para o próximo.
   Os tristes pedem a solidão com ociosidade.
   Os desesperados suplicam a morte.
   Inúmeros beneficiários do Evangelho imploram isso ou aquilo, com alusão à boa marcha dos negócios que lhes interessam a vida física. Em suma, buscam a fuga. Anelam somente a distância da dificuldade, do trabalho, da luta digna.
   Jesus suporta, paciente, todas as fileiras de candidatos do seu serviço, de sua iluminação, estendendo-lhes mãos benignas, tolerando-lhes as queixas descabidas e as lágrimas inaceitáveis.
   Todavia, quando aceita alguém no discipulado definitivo, algo acontece no íntimo da alma contemplada pelo Senhor.
   Cessam as rogativas ruidosas. Acalmam-se os desejos tumultuários.
   Converte-se a oração em trabalho edificante. O discípulo nada reclama. E o Mestre, respondendo-lhe às orações, modifica-lhe a vontade, todos os dias, alijando-lhe do pensamento os objetivos inferiores.
   O coração unido a Jesus é um servo alegre e silencioso.
   Disse-lhe o Mestre: Levanta-te e segue-me. E ele ergueu-se e seguiu.

Emmanuel


Mensagem extraída do Livro "Caminho, Verdade e Vida", psicografia de Francisco Cândido Xavier


Nenhum comentário:

Postar um comentário